Editorial do Presidente: O Patrão
Por Manoelito Paulo Savaris
O
exercício de liderança, em qualquer instância social, apresenta elementos
importantes para a realização ou para o crescimento pessoal de qualquer
cidadão. De todas as posições de liderança na estrutura do Movimento
Tradicionalista Gaúcho a de patrão de entidade é a que mais pode realizar um
tradicionalista. É na entidade que se faz a tradição (no conceito de transmitir
cultura de uma geração à outra).
Ser
patrão de uma entidade, especialmente daquelas que tenham sede própria e os vários
departamentos em funcionamento (artístico, campeiro, esportivo, cultural) é
também um grande desafio, pois não basta querer e ter boa vontade, tem que
poder e dispor de tempo, de muita paciência e de, não raras vezes, usar do
próprio dinheiro para pagar contas e despesas da entidade.
Arrisco-me
a afirmar que nenhum tradicionalista terá plenas condições de aquilatar o
Movimento, de dar parecer com precisão, de avaliar a ação de outras lideranças,
se não exercer a função de patrão de entidade. Não de qualquer entidade, mas
daquelas que tem muitos sócios, atividades diárias e contas a pagar no final do
mês. Se alguém é, ou foi patrão de entidade que faz eventos grandes, que
realiza rodeios, que leva grupos de danças para rodeios ou para o ENART, que
participa ativamente do Aberto dos Esportes, e assim por diante, aí sim poderá
melhor dar parecer, criticar e apontar caminhos mais seguros para outros
líderes do MTG.
Tradicionalistas
(alguns nem isso são) que emitem opinião, dizem como, quando e de que forma
deve ser feito, criticam, julgam, muitas vezes ofendem, sem jamais terem
exercido qualquer função de liderança em que tenha sido necessário gastar do
próprio bolso, que nunca tiveram que resolver querelas entre associados, que
nunca tiveram que buscar parceiros e patrocinadores para garantir sucesso de
eventos da entidade (não para si mesmo), esses não contam! Esses que somente
veem o próprio umbigo não podem ser mais importantes, mais necessários para
movimento do que os patrões.
O
Movimento Tradicionalista Gaúcho está completando quase 70 anos de existência e
chegou até aqui graças ao trabalho dos patrões, dos coordenadores, dos
conselheiros, dos capatazes, dos presidentes, ou seja, de todos aqueles que
deram de si. Que serviram. Que se dedicaram para o bem dos outros e das suas
entidades. Não posso crer que o MTG alcançou o patamar que hoje ocupa por conta
daqueles que sempre, e a todo momento, se servem do Movimento, cobram para
fazer “tradição”, se acham os tais, posam de artistas para exigir isso e mais
aquilo, que vivem às custas das promoções dos CTGs.
Por
tudo isso, reafirmo a minha convicção de que os patrões de entidades são as
nossas mais importantes lideranças. A eles meu respeito e meu reconhecimento. A
eles o crédito do sucesso do Movimento.
Aos
patrões uma mensagem direta e reta: não se deixem abater pelas críticas e
cuidem para que suas entidades sejam santuários da tradição.
Fonte: Site MTG RS
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