quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Concurso Cultural - Poesias




 Poesia 1: A Aurora do meu Rio Grande

Quando se rompe a aurora
Lá no fundo, no horizonte
E o sol vem brotando
Na paisagem do meu Rio Grande

Quando a natureza desperta
E o calor contrasta com o orvalho
Cevo meu mate, bem quente
E admiro a passarinhada
Voando, de galho em galho.

Quando o meu rincão é iluminado
Pela luz do astro-rei 
Fico pensando disperso, saboreando
O doce-amargo que preparei

Quando o sol já vai se pondo
E é chegada a  hora de partir
Em minha mente seu gosto amargo
Sempre irá existir.



Poesia 2: Alma gaúcha

Peço todo dia ao pai do céu
Que abençoe o lugar onde nasci
Pois foi aqui que aprendi
A respeitar minha cultura
Onde soldados defenderam com bravura
Este meu lindo céu azul
És o meu Rio Grande do Sul.

No meu vestido de prenda
Bordado com fitas e rendas
Tão bonita fico
E lá de longe se escuta o grito
De um gaúcho de verdade
Que grita por liberdade
Amor, paz e solidariedade.

Meu Rio Grande amado
Meu Rio Grande querido
Nunca deixarei este pago
Pois aqui tenho muitos amigos.     




Poesia 3: Céu de Sangue

 Amarro o lenço no pescoço
Demonstrando o bagualismo
Chamo o caudilho ali do canto
E subo a lomba nem pestanear

Tu já sabe o que te espera
Toma agora aquela canha
Daquela que te gela a espinha
La se vamo camperear
Como todo gaúcho,
Cancheiro dos pampas
Pelear pela bandeira
Gritar a liberdade

É tche,
Liberdade não se compra
Levo no peito os sentimentos mais aguerridos
Daqueles que me acompanham desde o princípio
Por esse céu azul bonito
Que um dia foi vermelho
Retratando a amargura
Desse povo com bravura.



Poesia 4:Chama Crioula
  
Traz o gaúcho campeiro
a chama da tradição
e o orgulho no coração
daquele povo querido

vai passando de geração a geração
esse costume campeiro
que leva a tradição
para os pagos vizinhos

depende de nós preservar
essa bela tradição
e para que o costume do gaúcho
seja mantido no meu rincão.



Poesia 5: Pagos de silêncios

Querência das matas e florestas
Das flores belas em cada canto
Das mulheres nos ranchos em pranto
Esperando seu amado na guerra
Lutando pelo pago sagrado
No silêncio desta terra.

Em cada minuto que passava
A dor aumentava,
E lagrimas escorriam...
O piazito escondido no mato
Com medo da revolução,
No peito carregava
A tristeza daquele fato,
Não sabia se seu pai
E o manto sagrado,
Voltariam a salvo.

E os maragatos e chimangos
Peleando por esse chão
Era o lenço branco contra o colorado
Nunca deixando de lado, o seu amargo companheiro...
O chimarrão, pioneiro da nossa tradição.

E no coração traziam um grande sonho
De um dia dar a liberdade
Aqueles negros sofridos
Que viviam escondidos
Nos quilombos e senzalas.

Ao fim da tarde,
Quando a lida encerrava
Corpo moído se deitava
Ao ruído das matas...
E a lua vinha de manso
Abrir caminhos de luz daquela imensa escuridão
E no coração... a dor de ter que enfrentar
Mais um dia de solidão.

Depois que a guerra findara,
Com os campos já conquistados
Rio grande passou a ser chamado.

Esta Terra, com as mais viçosas flores,
Brinco de princesa tão charmosa...
E os gaúchos, contando umas prosas
Com o mate na mão,
A garra desse povo
Mostrou a todos, a força do nosso rincão.




Poesia 6: Poesia

A velha bandeira gaúcha
Estampada de honra e glória
Foi cravada na história
Pelas mãos dos farroupilhas
Que seguiram firma na trilha
Numa guerra sem igual
Travada nas coxilhas
Contra o governo imperial.

Montados em seus cavalos
Com garruchas estavam armados
Tiros sendo disparados
Sem saber de que posição
Esquentava o coração
Dos gaúchos verdadeiros
Que se doaram por inteiro
Para esta revolução.

Cada gota de sangue gaúcho
Que nos campos foi derramado
Mostra o sentido sagrado
Desta revolução
Que para acabar com a corrupção
Dos imperialistas que no poder estavam
Esta guerra declararam
Sobre o nosso chão.

E cada golpe de adaga
Se traduz numa intimidade
Em dois símbolos de verdade
Que estão sobre o nosso chão
Oradores da tradição
Que sem dúvida posso falar
Que nos dois você irá encontrar
A história da Revolução.

Um deles é o chimarrão
Carinhosamente de mate chamado
Que junto dos farroupilhas no pago
Em noites de escuridão
Esquentava o coração
Dos guerreiros abençoados.

O outro é a bandeira
A fiel e brava companheira
Dos guerreiros Riograndenses
Em suas cores reluzia
Em seu brasão ela pedia
Os seus ideais farroupilhas.



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