terça-feira, 18 de junho de 2013

O GRUPO DOS OITO


Por Lucio Heleno Trombetta
Guri Farroupilha do CTG Sentinela da Coxilha


Em agosto de 1947, em Porto Alegre, eclodiu forte uma proposta de esperança, de liberdade, e o amor à terra tinha vez e lugar. Jovens estudantes, oriundos do meio rural, de todas as classes sociais, liderados por Paixão Côrtes, criam um Departamento de Tradições Gaúchas no Colégio Júlio de Castilhos, com a finalidade de preservar as tradições gaúchas, mas também, de desenvolver e proporcionar uma revitalização da cultura rio-grandense, interligando-se e valorizando no contexto da cultura brasileira.
Dentro deste espírito é que surge a criação da Ronda Crioula, estendendo-se do dia 7 ao dia 20 de setembro, as datas mais significativas para os gaúchos. Entusiasmados com a idéia, procuraram a Liga de Defesa Nacional e contataram o Major Darcy Vignolli, responsável pela organização das festividades da “Semana da Pátria”, expressando o desejo do grupo de se associarem aos festejos, propondo a possibilidade da retirada de uma centelha do “Fogo Simbólico da Pátria” para transformá-la em “Chama Crioula”, como um símbolo da união indissolúvel do Rio Grande à Pátria Mãe, e do desejo de que a mesma aqueça o coração de todos os gaúchos e brasileiros, até o dia 20 de setembro, data magna especial.
Nessa oportunidade, Paixão recebeu o convite para montar uma guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói farrapo David Canabarro, que seria transladado de Sant’Ana do Livramento para Porto Alegre. Paixão Côrtes, para atender o honroso convite, reuniu um piquete de oito gaúchos pilchados e, no dia 5 de setembro de 1947, prestaram a homenagem a Canabarro. Esse piquete, é até hoje conhecido como o Grupo dos Oito, ou Piquete da Tradição. Primeira semente que seria seguida no ano seguinte, na criação do 35 CTG. Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilço Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Côrtes, seu líder. Durante o cortejo, o “Grupo dos Oito”, os jovens estudantes, conduziam as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul e do Colégio Júlio de Castilhos.


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