Palavra de Guri
BOLEADEIRA
Com
Lucio Heleno Trombetta
1º Guri Farroupilha
CTG Sentinela da Coxilha
Boleadeira
é uma
espécie de funda, uma arma muito utilizada pelo gaúcho, criada em
meados de 1603 para caçar nas grandes pradarias do pampa riograndense, uruguaio
e argentino. Era lançada nos pés do animal enquanto ele corria, causando-lhe
assim, a queda e possibilitando ao caçador ir ao local dessa queda e matar o
animal.
A boleadeira
é composta de bolas metálicas ou pedras arredondadas (bolas ou boleadoras
em castelhano) amarradas entre si por cordas, tendo em cada
uma das extremidades, uma das bolas.
Lançadas
girando sobre si, elas vão ao encontro do alvo, geralmente as pernas de um
animal quadrúpede, que leva um tombo na hora, ficando imobilizado. Usada
normalmente na captura do gado na campanha, as boleadeiras também foram, mais
tarde, utilizadas na guerra.
A boleadeira
de duas bolas, ou nhanduzeira (avestruzeira) é utilizada para caça, especialmente do
nhandu ou ema, enredando-se nas patas do animal quando lançada. Também foi
usada pelos índios nas guerras, para enredar as patas dos cavalos montados
pelos conquistadores, causando a queda dos dois e possibilitando o ataque e
morte do cavaleiro.
Ao que tudo
indica, a boleadeira de três bolas - também chamada de Três Marias - foi criada
com base na boleadeira de duas bolas dos índios, pelos homens do pampa. Ela
também tem seu uso principal na caça, sendo utilizada eventualmente na guerra,
da mesma forma que a de duas bolas. Era um utensílio muito utilizado para
capturar os animais de pequeno e médio porte.
Patrão Gentil Santo Andreolla, 1º Guri Lucio Trombetta e o Tradicionalista Paulo Domingos Savaris
Patrão Gentil Santo Andreolla, 1º Guri Lucio Trombetta e o Tradicionalista Paulo Domingos Savaris
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